Vulvovaginite: o que é?

Um dos problemas ginecológicos mais comuns e também um dos que mais incomodam nós, mulheres, é a vulvovaginete: está envolvida em aproximadamente 70% das queixas em consultas ginecológicas¹. Mas, você sabe o que é a vulvovaginite? Saber bem o que é e quais são os sintomas é super importante para ficar de olho na sua saúde íntima. 😉

Sobre a vulvovaginite

Esse termo – termo meio estranho, né? – engloba uma série de infecções na região vaginal. São definas como vulvovaginites todas as infecções ou inflamações que afetam o trato genital feminino inferior, ou seja, vulva, vagina e o ectocérvice (uma “membrana de pele” escamosa localizada no colo do útero)¹.

Por englobar mais de uma infecção, pode apresentar sintomas variados e causas amplas. Os principais sintomas de uma vulvovaginite são: corrimento vaginal, dor, irritação, prurido (coceira) ou ardência, dor ou ardor ao urinar e sensação de desconforto pélvico. Além disso, em muitos casos a mulher pode ter uma vulvovaginite assintomática (sem apresentar sintomas)¹.

As principais formas de vulvovaginite

Algumas infecções e inflamações são mais comuns e sintomáticas do que outras. As mais comuns são: candidíase vulvovaginal, vaginose bacteriana e tricomoníase vulvovaginal¹.

Candidíase vulvovaginal:

É uma infeção causada por um fungo que afeta a vulva e a vagina, crescendo na mucosa vaginal¹. Muitos fatores podem causar certa predisposição ao desenvolvimento da candidíase; os principais são: gravidez, obesidade, pouca higiene íntima e contato com materiais que causam alergia (como talco, por exemplo)¹.

Alguns dos sintomas mais comuns são: prurido vulvovaginal, ardor ou dor ao urinar e a presença de um corrimento vaginal, de cor branca, sem cheiro e com um aspecto (que lembra um pouco leite coalhado)¹.

Vaginose bacteriana:

É causada por um desequilíbrio na flora vaginal, que é gerado pelo aumento da presença de bactérias na região íntima da mulher. Não é uma DST (doença sexualmente transmissível), mas, em alguns casos, pode ser desencadeada se a mulher, que tiver predisposição à reação, tiver contato com sêmen de pH elevado¹.

O principal sintoma da vaginose bacteriana é a presença de corrimento vaginal branco-acinzentado e, menos frequentemente, dor durante as relações sexuais¹. Porém, para o diagnóstico de vaginose bacteriana ser confirmado, é preciso realizar exames que apontem pelo menos três dos quatro sintomas a seguir: corrimento vaginal homogêneo; geralmente acinzentado e de quantidade variável; pH vaginal maior que 4,5; teste das aminas positivo e presença de “clue cells” no exame bacterioscópico¹.

Tricomoníase vulvovaginal:

Essa é uma infecção causada por um protozoário que se aloja na cérvice uterina, vagina e uretra¹. É uma DST com chance de transmissão de até 80%¹. Essa doença afeta tanto homens quanto mulheres. Em nós, costuma causar a presença de corrimento abundante e de coloração amarelada, prurido e/ou irrigação vulvar, sintomas urinários e, em alguns casos, dor pélvica¹.


Referências:

  1. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama [caderno]. Brasília: Editora MS; 2006. Cadernos de atenção básica nº13.

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